Aku no Hana - Review



Kasuga Takao é um jovem apaixonado por livros, especialmente por Flores do Mal de Charles Baudelaire (daí o título do anime, Aku no Hana significa Flor do Mal em japonês), apaixonado também por sua colega de classe, Saeki Nanako, a quem considera sua musa e a enxerga como sendo um anjo, admirando-a de longe. Um dia, depois da escola, Takao esquece seu precioso livro na sala de aula e volta para pegá-lo, ele vê então que Saeki esqueceu suas roupas de ginástica, Takao pensa em roubá-las, ele tenta se convencer de que aquilo é errado, tenta impedir a si mesmo, mas de maneira impulsiva, acaba roubando-as (o que equivale a roubo de roupas íntimas no Japão). Sua outra colega, Nakamura Sawa testemunha o ocorrido e começa a chantageá-lo, dizendo que irá contar para todo mundo o que ele fez a não ser que ele faça tudo que ela mandar.

 Fui introduzido a Aku no Hana pela primeira vez por um vídeo no youtube que não entra em detalhes sobre o anime, apenas dá uma breve sinopse e toca a música de encerramento que é bem bizarra, de dar arrepios, parece ser trilha sonora de um filme de terror. Por causa dessa música, achei que seria um anime de suspense ou terror e que em algum ponto da história, algo de sobrenatural iria acontecer ou algo típico de um thriller. A última coisa que passaria pela minha cabeça é que esse seria um anime slice of life com suspense. Todo o clima do anime no início dá a impressão de que algo horrível vai acontecer. Mas apesar do anime não ter nada a ver com o que eu esperava, certamente, não me arrependi de ter assistido.


Kasuga Takao

Sawa insiste que Takao é um pervertido apesar de ele estar sempre negando. É difícil de entender o que se passa pela cabeça dela. Você fica curioso para saber o que ela está tramando. “Será que ela gosta do Kasuga?”, “Se diverte ao torturar os outros?” “Ou será que ela só é uma doida varrida mesmo?” São perguntas que podem passar pela sua cabeça. Já no início fica bem explícito que ela é uma personagem cheia de feridas internas, mas é difícil de dizer exatamente o que aconteceu com ela. Sawa diz que seu objetivo é “derrubar as paredes que Takao construiu ao redor de si mesmo”. É uma personagem antipática, rebelde, boca suja e que faz da vida de Takao um inferno, mandando ele fazer as coisas mais malucas possíveis. O seu desprezo pela sociedade e por todos a sua volta fica bem explícito.

Nakamura Sawa
“Sabe, eu tenho esse impulso medonho desde sempre. É um sentimento sombrio e sufocante, que me preenche e gera uma vontade insana de gritar. Desejo que esse sentimento sombrio se espalhe e transforme o mundo inteiro em vermes comedores de merda.”
Nakamura Sawa


 Takao vive uma vida pacata, sempre tentando se livrar dessa cidade que o aprisiona. Essa cidade que o força a viver no tédio e na apatia tendo ele como refúgio apenas os livros. As situações que Kasuga passa, seu nervosismo, seus pensamentos paranoicos criam um clima de suspense que para falar a verdade são situações não tão dramáticas assim e recebem um exagerado nível de tensão. Mas embora essas situações não tenham nenhuma consequência catastrófica, não sejam algo muito trágico, para alguém como Kasuga, uma pessoa reservada que está sempre se preocupando com o que os outros pensam, que sempre pensa e espera que o pior aconteça e que dá a impressão de sofrer de ansiedade social, essas situações podem ser um verdadeiro terror. Retratando assim de maneira acurada o ponto de vista desse tipo de pessoa. Esse é um dos pontos mais focados no anime.

 A técnica de animação usada é a rotoscopia, em que um modelo humano é filmado e a captura feita é desenhada formando a animação. Acho que o anime ficou excelente com esse tipo de animação, principalmente em se tratando dos cenários, isso foi algo que me impressionou em Aku no Hana, os cenários foram lindamente feitos e muito bem detalhados. Além de belos, os cenários criam uma atmosfera sombria e melancólica que combina muito bem com a história. Combinam também com a narrativa lenta, criando um drama forte e lírico. Não é qualquer anime que tem cenários assim. Devido ao fato da história não ter fim, comecei a ler o mangá depois do anime e não poderia enfatizar suficientemente o quanto o tipo de animação enriqueceu a história. 






O que não gostei em se tratando da animação foi o fato dos personagens não terem rosto quando mostrados a alguns metros de distância, isso ficou tosco, principalmente quando eles falam, cria uma cena esquisita. Outro fato negativo é a animação tremida, mas isso não chegou a me incomodar. 

 Pois é, o anime não tem fim. Esse é o pior aspecto do anime na minha opinião. E uma segunda temporada ainda não foi anunciada. O jeito é ler o mangá para ver a continuação.

 Apesar da simplicidade da história, ela te intriga e te deixa curioso para saber o que vai acontecer e como vai se desenvolver. 

 A história pode ser meio esquisita e nonsense no início, mas conforme ela vai se desenvolvendo, você vê que Aku no Hana trata essencialmente da vida de pessoas entediadas vivendo no vazio e na insignificância, forçadas a reprimir suas emoções e da sua incessante busca por uma vida mais fomentadora. Isso fica cada vez mais claro ao longo dos episódios. Trata-se de um processo de autodescoberta. Kasuga tem uma ideia do tipo de pessoa que ele é, mas ao longo do anime vai descobrindo o que ele REALMENTE é. Será que ele realmente é um pervertido como a Nakamura fica insistindo? 

  Concluindo, se você gosta do gênero drama e de animes maduros, introspectivos e realistas, então Aku no Hana é uma excelente pedida. Mesmo sem ter um final, vale a pena assistir, e se gostar, leia o mangá para ver como essa história continua.

Análise Semanal: Mayoiga Ep. Final



O final foi bom, mas me pareceu meio “apressado” e esperava que certos personagens tivessem maior presença nele e que fosse revelado mais detalhes sobre eles, principalmente sobre a Lion. Devido a detalhes como esse acho que o final poderia ter sido melhor. Mas não foi ruim, finalmente passamos a conhecer de verdade a Masaki, assim como o Mitsumune e a Koharun. Só acho que deveria ter sido algo mais profundo e detalhado, algo mais emocionante, foram acontecimentos que mudaram as vidas de todos no anime, deveria ter sido algo de um impacto maior. A Lion se destaca dentre o grupo com o que ela consegue enxergar, mas teve pouca importância na história. Sem falar do Jack que parecia ser alguém bem problemático, mas pouco sobre ele foi dito.

Análise Semanal: Mayoiga Ep. 11


Penúltimo episódio de Mayoiga, mais detalhes foram revelados, mas algumas coisas ainda foram deixadas para o final. Esse episódio teve algumas cenas bem tristes. Um drama muito bem construído. Nanaki aparenta ser mais algum tipo de psicoterapeuta agindo de maneira bem extrema, forçando todos a lidarem com seus traumas. Quem já sofreu ou sofre de algum problema psicológico provavelmente está se identificando bem com certos aspectos desse anime.

Análise Semanal: Mayoiga Ep.10


Agora que o pessoal que esperava um anime sangrento está com raiva mesmo. Está mais explícito do que nunca de que nem nesses últimos episódios, Mayoiga vai ter isso. Talvez esse seja um dos pontos negativos de se assistir um anime ainda sendo lançado, você nem sempre sabe direito qual é o gênero do anime. Quem começar a assistir Mayoiga depois que terminar vai saber pela recepção que teve que tipo de anime é. Vimos nesse décimo episódio que o anime é mesmo centrado nos problemas psicológicos dos personagens, em Nanaki e nas manifestações físicas que Nanaki cria deles. Mas porque a Koharun está atacando eles? Para quem gosta do gênero, como eu, ainda está tendo umas boas surpresas e ficando curioso com o que vai acontecer.

Tokusatsus para Adultos


No geral, tokusatsus são feitos para o público infantil, com suas fantasias de lycra, monstros emborrachados e muitas vezes roteiros infantis mesmo. Mas há exceções, alguns tokusatsus tem histórias mais maduras, melhores designs para os heróis e monstros, nada de monstros de borracha e cenas de ação mais dinâmicas com lutas muito bem coreografadas que tornam essas séries mais atraentes para um público mais velho sendo às vezes chamadas de Midnight Tokusatsu . Muitas vezes também é dito que elas tem muitas cenas de nudez e violência, mas não é para tanto, pelo menos na minha opinião, naqueles que eu assisti, apesar de ter mesmo como é dito, são poucas as cenas assim. São realmente algo mais maduro, mas não nesse sentido. Apesar disso, elas são simplesmente perfeitas para aqueles que são de fãs de tokusatsu, mas não gostam do fato deles serem infantis e sonham com uma obra mais adulta. Não precisam mais sonhar, nesse post vou apresentar algumas delas para vocês.

Análise Semanal: Mayoiga Ep. 9



Desculpa por demorar tanto, estava meio atolado na semana passada. Mas aqui está.

Nesse episódio não temos muitas respostas, não descobrimos nada sobre a Masaki e nem sobre o Hyouketsu, mas passamos a conhecer melhor o Hayato e vemos que ele é mais perturbado do que aparenta assim como todo mundo nesse anime, vemos o outro lado do túnel, a Nanko parece ter algumas teorias interessantes e aparece um cara que deve ser o tal primo da Masaki.


Análise Semanal: Mayoiga Ep. 8


Depois de Masaki ver Mitsumune sendo jogado no chão e imobilizado, ele não se machuca muito nem nada, mas Masaki fica desesperada com isso e resolve contar tudo, então ela conta sobre a sua vinda anterior a vila. Não tem nada de muito revelador com relação ao que a Masaki contou, só está claro que tem alguma coisa de estranho naquele Reiji já que esconderam o rosto dele toda vez que ele aparecia. Só faria sentido esconder o rosto de um personagem que agente já viu ou vai ver, ou seja, esse Reiji pode muito bem ser um dos membros do grupo com um cabelo diferente. Ela deve ter deixado de contar alguma coisa mesmo, ela ficava nervosa algumas vezes quando eles estavam fazendo perguntas para ela como se tivesse com medo mesmo que eles descobrissem algo ou talvez esteja mesmo mentindo como eles suspeitam, mas eu não acho que ela seja uma pessoa ruim. Talvez ela queira que eles fiquem na vila, pois assim eles irão superar seus medos, angústias e traumas ou alguma coisa assim.

Webcomics de Terror de Horang



Horang é um ilustrador e escritor coreano que ficou famoso na internet por suas webcomics de terror.
Bongcheon-Dong Ghost é sua mais famosa webcomic, lançada em julho de 2011 numa competição de histórias curtas. A webcomic fez bastante sucesso pela internet, principalmente depois que o vlogger e celebridade do youtube PewDiePie postou um vídeo com sua reação a história enquanto lia. Ele levou o maior susto e várias pessoas na internet começaram a postar vídeos de suas reações enquanto liam a webcomic. Vocês podem dar uma olhada no final do post em alguns deles. Inclusive de pessoas lendo em português para quem tem dificuldade com o inglês.

Além de Bongcheon-Dong Ghost, Horang também produziu outras três webcomics que foram traduzidas para o inglês: Ghost in Masung-Tunnel, Ok-su Station Ghost e a mais recente lançada em 2015, Knock Knock. Na minha opinião, as melhores mesmo são Bongcheon-Dong Ghost e Ghost in Masung-Tunnel (foram as que mais me assustaram), mas Ok-su Station Ghost e Knock Knock também são muito boas e vale a pena dar uma conferida nelas. Knock Knock é a que tem a história mais intrigante.

Análise Semanal: Mayoiga Ep. 7



Esse é o episódio em que tudo começa a fazer sentido. Nesse ponto, quem esperava ver sangue para todo lado em Mayoiga está um tanto decepcionado, isso se ainda não dropou o anime. No entanto ainda devem estar curiosos para saberem o que aconteceu com Yottsun e Hyouketsu, pessoalmente a cada episódio que passa estou cada vez com mais certeza de que nada de ruim aconteceu com eles. Honestamente não acho que ninguém deveria esperar esse tipo de coisa, pois desde o primeiro episódio o foco já era o psicológico dos personagens e depois que a filha morta do motorista apareceu já dava pra imaginar que a vila seria algo que os faria enfrentar seus problemas.